Minha história de persistência para vencer o GMAT!!
Feb 13, 2016 12:37:23 GMT -7
EB, twu, and 4 more like this
Post by marcosfonseca on Feb 13, 2016 12:37:23 GMT -7
Olá pessoal!!!
Fico feliz em ver cada vez mais pessoas se organizando para aplicar para o MBA na BYU. Hoje vou dar minha primeira contribuição aqui no Grupo. Espero que minha história ajude outros a se inspirarem e a não desistirem tão fácil de seus sonhos. Atualmente estou no primeiro ano do MBA na BYU, minha ênfase é na área de Supply Chain, sou de Vitória – ES, servi na missão São Paulo Norte e tenho 33 anos.
Vi uma enquete que a Renata Andrade Corrêa criou perguntando qual seria a maior dificuldade nesse processo de aplicação. E como não poderia deixar de ser, o GMAT é uma das grandes preocupações.
De fato o GMAT é uma prova digamos... complexa. Eu diria que para ser bem sucedido no GMAT o candidato(a) precisa de três coisas importantes: planejamento, preparação e persistência. Essas três coisas são fundamentais, mas no meu caso ter sido persistente fez toda a diferença.
Eu havia me planejado inicialmente para aplicar para a turma do MBA que começou em Ago/2014. Mas no meio do caminho havia o famigerado GMAT. No começo de 2013 comprei dois livros, assinei o curso on-line Magoosh e começei os estudos. Pelas histórias que eu ouvia, sabia que o embate não seria fácil.
Decidi ir para a primeira tentativa em Ago/2013. No estado do ES não temos local para fazer o GMAT (não fosse isso o ES seria perfeito Emoticon wink, os locais mais próximos ficam no Rio de Janeiro ou Minas Gerais. Portanto, ao valor da prova, que já não é barata (e agora está pior com o dólar alto), soma-se o fato de que eu tinha que gastar com viagem. Pois bem, comprei uma passagem de avião e parti para BH para fazer a prova. Ao final do teste, veio a nota: 590!!!! Fiquei super satisfeito com a nota. Senti que esse tal de GMAT não era esse monstro todo como eu ouvia falar. Pensei comigo: “Se na primeira tentativa cheguei tão perto dos 600, era só me preparar mais um pouco que na segunda vez eu conseguiria”.
Voltei para Vitória-ES animado e continuei meus estudos. Decidi que iria tentar de novo em Dezembro/2013, queria me dar esse presente de Natal. Na minha primeira luta com o GMAT senti que tinha acertado um belo soco de direita e só faltava mais um empurrãozinho para eu vencer. Dezembro chegou, o orçamento estava apertado, as passagens estavam caras, então decidi ir de carro. Entrei no local de prova muito confiante! Enquanto fazia a prova senti que estava indo bem, mas ao final...veio a surpresa: 570 (). Fiquei confuso e frustrado. Como podia depois de ter estudado mais quatros meses ver minha nota cair 20 pontos??? Nesses 4 meses eu havia trabalhado meus pontos fracos e treinava meus pontos fortes para não deixar o desempenho cair, portanto, esses 570 para mim não faziam o menor sentido. Mas o fato era: o GMAT que parecia que iria à lona no segundo round, conseguiu se recuperar e havia me acertado um soco que eu não sabia de onde tinha vindo.
O deadline para aplicação era em Março/2014, portanto voltei para Vitória – ES decidido a dar um gás no estudo para ver se conseguia subir a minha nota antes dessa data. Mas como já havia gasto um bom dinheirinho fazendo as duas provas e as duas viagens anteriores decidi que só tentaria o GMAT mais uma vez se conseguisse uma boa nota nos simulados. Acho que a idéia foi boa, o problema é que não conseguia tirar mais que 640 nos simulados. E aí veio a dúvida: tento mais uma vez antes de março ou deixo para aplicar no ano seguinte??? Conversei com minha esposa, e ela também não estava certa do que eu deveria fazer. A nossa empolgação depois da primeira tentativa havia diminuído e a verdade era que cada tentativa consumia uns R$ 1.000 e muita energia. Enfim, o final de fevereiro se aproximava e era hora de tomar uma decisão. Aos 48 minutos do segundo tempo decidimos ir para mais uma tentativa. Esperamos tanto para decidir que só havia uma data disponível para fazer a prova antes do deadline, e essa data era no dia seguinte de manhã!!!!! Não tínhamos dinheiro para comprar passagem de avião e não era uma boa idéia dirigir meu carro a noite toda para fazer a prova de manhã. A saída foi ir de ônibus! Passar a noite dormindo no Ônibus da Viação Águia Branca, chegar em BH 5 da manhã e pegar um ônibus para o local da prova. Sim, eu sei o que vocês estão pensando, uma prova cansativa como o GMAT requer uma boa noite de sono, mas era o que tínhamos a nossa disposição para alcançar nosso sonho. E depois de ter tirado 570 na segunda vez, sentia que não poderia ficar pior do que isso. Será?
Fiz a prova com determinação. Estava tão tenso que não senti o cansaço da viagem. Eu sentia que estava bem e fui para cima do GMAT com fome de vitória. Só que ao final da prova fiquei sem chão. A nota? 510! Você não leu errado, é 510 mesmo. Vou escrever por extenso para você não ficar na dúvida: Quinhentos e dez! A primeira coisa que eu pensei foi: como eu vou falar para minha esposa? Pensem comigo: 590, 570 e 510. Seguindo essa lógica minha próxima nota seria quatrocentos e alguma coisa...E o dinheiro da família? Sentia que estava jogando o dinheiro da família no ralo. Nessa luta com o GMAT era eu que tinha ido ao chão e o juiz já estava contando os dez segundos para encerrar o duelo.
Minha volta de ônibus para Vitória-ES era somente a noite. Então fiquei andando no Centro de BH tentando absorver o que tinha acontecido e pensando em como explicar isso para minha esposa. Orei, ponderei, conversei comigo mesmo e cheguei a uma conclusão: Eu havia perdido. Não havia mais tempo de melhorar minha nota para aplicar em 2014, mas estava cedo para desisitir. Lá no fundo eu sentia que eu poderia me levantar e enquanto o GMAT já comemorava a vitória eu poderia finalizá-lo. Mas eu tinha um problema, eu tinha que convencer minha esposa que nós tínhamos que tentar de novo. Afinal de contas, qualquer pessoa em sã consciência, olhando para as minha notas diria: “Amigo, eu não sei aonde você vai fazer o seu MBA, mas eu sei que não é na BYU”. Só que eu não aceitava isso, quanto mais eu pensava, mais eu sentia que eu tinha que tentar de novo! Na pior das hipóteses eu deixaria um legado de persistência para contar para as minhas filhas. O que eu decidi fazer então? ...
*Pausa para uma observação: eu já contei a verdade para a minha esposa, pedi desculpas e não me orgulho do que fiz, mas...*
Eu decidi mentir!!! Isso mesmo!!! Eu racionalizei que eu não deixaria ninguém me dizer que eu não iria conseguir passar no GMAT, portanto voltei para casa e contei que eu havia tirado 570 de novo. Ora, se eu havia tirado 570 isso significava que ainda era possível.
*Pausa para você, leitor, absorver minha mentira.* ...
Perdi a aplicação para o ano de 2014 e começei a me preparar para entrar no ano de 2015. Eu tinha um ano inteiro para resolver só um negócio pendente: GMAT.
Esperei a poeira baixar e retomei meus estudos. Colocando em prática o que eu aprendi na missão, decidi ter uma meta para a minha quarta tentativa, escolhi o mês de Setembro/2014.
Setembro chegou. Parti para BH de carro mais uma vez. Senti que estava preparado para o meu quarto embate. Foram tantas horas de preparação, tanta coisa envolvida, que quando eu vi a nota no final da prova fiquei sem reação. 620!!! Agradeçi muito ao meu Pai Celeste, liguei para casa e contei a novidade (e contei a verdade sobre os 510...).
620 não é uma super nota, mas ela me trouxe até aqui. Como vocês podem ver, o caminho não foi fácil para mim. Mas quando eu penso em tudo o que eu e minha família estamos vivendo, sinto que valeu muito a pena.
Espero que vocês tenham uma experiência melhor do que a que eu tive ao fazer o GMAT, espero que vocês cheguem aos 700 na primeira tentativa. Mas...caso isso não aconteça...espero que vocês lembrem da minha história e ponderem um pouco mais antes de desistir.
Minhas filhas vão falar para os amigos e amigas no futuro: “Meu pai tinha medo de aranha carangueijeira e medo de ver o Flamengo ser rebaixado, mas desse tal de GMAT não. Ele se embolou na briga com essa prova e não desistiu!! Só foi embora quando deixou ela no chão”.
Bons estudos!
Fico feliz em ver cada vez mais pessoas se organizando para aplicar para o MBA na BYU. Hoje vou dar minha primeira contribuição aqui no Grupo. Espero que minha história ajude outros a se inspirarem e a não desistirem tão fácil de seus sonhos. Atualmente estou no primeiro ano do MBA na BYU, minha ênfase é na área de Supply Chain, sou de Vitória – ES, servi na missão São Paulo Norte e tenho 33 anos.
Vi uma enquete que a Renata Andrade Corrêa criou perguntando qual seria a maior dificuldade nesse processo de aplicação. E como não poderia deixar de ser, o GMAT é uma das grandes preocupações.
De fato o GMAT é uma prova digamos... complexa. Eu diria que para ser bem sucedido no GMAT o candidato(a) precisa de três coisas importantes: planejamento, preparação e persistência. Essas três coisas são fundamentais, mas no meu caso ter sido persistente fez toda a diferença.
Eu havia me planejado inicialmente para aplicar para a turma do MBA que começou em Ago/2014. Mas no meio do caminho havia o famigerado GMAT. No começo de 2013 comprei dois livros, assinei o curso on-line Magoosh e começei os estudos. Pelas histórias que eu ouvia, sabia que o embate não seria fácil.
Decidi ir para a primeira tentativa em Ago/2013. No estado do ES não temos local para fazer o GMAT (não fosse isso o ES seria perfeito Emoticon wink, os locais mais próximos ficam no Rio de Janeiro ou Minas Gerais. Portanto, ao valor da prova, que já não é barata (e agora está pior com o dólar alto), soma-se o fato de que eu tinha que gastar com viagem. Pois bem, comprei uma passagem de avião e parti para BH para fazer a prova. Ao final do teste, veio a nota: 590!!!! Fiquei super satisfeito com a nota. Senti que esse tal de GMAT não era esse monstro todo como eu ouvia falar. Pensei comigo: “Se na primeira tentativa cheguei tão perto dos 600, era só me preparar mais um pouco que na segunda vez eu conseguiria”.
Voltei para Vitória-ES animado e continuei meus estudos. Decidi que iria tentar de novo em Dezembro/2013, queria me dar esse presente de Natal. Na minha primeira luta com o GMAT senti que tinha acertado um belo soco de direita e só faltava mais um empurrãozinho para eu vencer. Dezembro chegou, o orçamento estava apertado, as passagens estavam caras, então decidi ir de carro. Entrei no local de prova muito confiante! Enquanto fazia a prova senti que estava indo bem, mas ao final...veio a surpresa: 570 (). Fiquei confuso e frustrado. Como podia depois de ter estudado mais quatros meses ver minha nota cair 20 pontos??? Nesses 4 meses eu havia trabalhado meus pontos fracos e treinava meus pontos fortes para não deixar o desempenho cair, portanto, esses 570 para mim não faziam o menor sentido. Mas o fato era: o GMAT que parecia que iria à lona no segundo round, conseguiu se recuperar e havia me acertado um soco que eu não sabia de onde tinha vindo.
O deadline para aplicação era em Março/2014, portanto voltei para Vitória – ES decidido a dar um gás no estudo para ver se conseguia subir a minha nota antes dessa data. Mas como já havia gasto um bom dinheirinho fazendo as duas provas e as duas viagens anteriores decidi que só tentaria o GMAT mais uma vez se conseguisse uma boa nota nos simulados. Acho que a idéia foi boa, o problema é que não conseguia tirar mais que 640 nos simulados. E aí veio a dúvida: tento mais uma vez antes de março ou deixo para aplicar no ano seguinte??? Conversei com minha esposa, e ela também não estava certa do que eu deveria fazer. A nossa empolgação depois da primeira tentativa havia diminuído e a verdade era que cada tentativa consumia uns R$ 1.000 e muita energia. Enfim, o final de fevereiro se aproximava e era hora de tomar uma decisão. Aos 48 minutos do segundo tempo decidimos ir para mais uma tentativa. Esperamos tanto para decidir que só havia uma data disponível para fazer a prova antes do deadline, e essa data era no dia seguinte de manhã!!!!! Não tínhamos dinheiro para comprar passagem de avião e não era uma boa idéia dirigir meu carro a noite toda para fazer a prova de manhã. A saída foi ir de ônibus! Passar a noite dormindo no Ônibus da Viação Águia Branca, chegar em BH 5 da manhã e pegar um ônibus para o local da prova. Sim, eu sei o que vocês estão pensando, uma prova cansativa como o GMAT requer uma boa noite de sono, mas era o que tínhamos a nossa disposição para alcançar nosso sonho. E depois de ter tirado 570 na segunda vez, sentia que não poderia ficar pior do que isso. Será?
Fiz a prova com determinação. Estava tão tenso que não senti o cansaço da viagem. Eu sentia que estava bem e fui para cima do GMAT com fome de vitória. Só que ao final da prova fiquei sem chão. A nota? 510! Você não leu errado, é 510 mesmo. Vou escrever por extenso para você não ficar na dúvida: Quinhentos e dez! A primeira coisa que eu pensei foi: como eu vou falar para minha esposa? Pensem comigo: 590, 570 e 510. Seguindo essa lógica minha próxima nota seria quatrocentos e alguma coisa...E o dinheiro da família? Sentia que estava jogando o dinheiro da família no ralo. Nessa luta com o GMAT era eu que tinha ido ao chão e o juiz já estava contando os dez segundos para encerrar o duelo.
Minha volta de ônibus para Vitória-ES era somente a noite. Então fiquei andando no Centro de BH tentando absorver o que tinha acontecido e pensando em como explicar isso para minha esposa. Orei, ponderei, conversei comigo mesmo e cheguei a uma conclusão: Eu havia perdido. Não havia mais tempo de melhorar minha nota para aplicar em 2014, mas estava cedo para desisitir. Lá no fundo eu sentia que eu poderia me levantar e enquanto o GMAT já comemorava a vitória eu poderia finalizá-lo. Mas eu tinha um problema, eu tinha que convencer minha esposa que nós tínhamos que tentar de novo. Afinal de contas, qualquer pessoa em sã consciência, olhando para as minha notas diria: “Amigo, eu não sei aonde você vai fazer o seu MBA, mas eu sei que não é na BYU”. Só que eu não aceitava isso, quanto mais eu pensava, mais eu sentia que eu tinha que tentar de novo! Na pior das hipóteses eu deixaria um legado de persistência para contar para as minhas filhas. O que eu decidi fazer então? ...
*Pausa para uma observação: eu já contei a verdade para a minha esposa, pedi desculpas e não me orgulho do que fiz, mas...*
Eu decidi mentir!!! Isso mesmo!!! Eu racionalizei que eu não deixaria ninguém me dizer que eu não iria conseguir passar no GMAT, portanto voltei para casa e contei que eu havia tirado 570 de novo. Ora, se eu havia tirado 570 isso significava que ainda era possível.
*Pausa para você, leitor, absorver minha mentira.* ...
Perdi a aplicação para o ano de 2014 e começei a me preparar para entrar no ano de 2015. Eu tinha um ano inteiro para resolver só um negócio pendente: GMAT.
Esperei a poeira baixar e retomei meus estudos. Colocando em prática o que eu aprendi na missão, decidi ter uma meta para a minha quarta tentativa, escolhi o mês de Setembro/2014.
Setembro chegou. Parti para BH de carro mais uma vez. Senti que estava preparado para o meu quarto embate. Foram tantas horas de preparação, tanta coisa envolvida, que quando eu vi a nota no final da prova fiquei sem reação. 620!!! Agradeçi muito ao meu Pai Celeste, liguei para casa e contei a novidade (e contei a verdade sobre os 510...).
620 não é uma super nota, mas ela me trouxe até aqui. Como vocês podem ver, o caminho não foi fácil para mim. Mas quando eu penso em tudo o que eu e minha família estamos vivendo, sinto que valeu muito a pena.
Espero que vocês tenham uma experiência melhor do que a que eu tive ao fazer o GMAT, espero que vocês cheguem aos 700 na primeira tentativa. Mas...caso isso não aconteça...espero que vocês lembrem da minha história e ponderem um pouco mais antes de desistir.
Minhas filhas vão falar para os amigos e amigas no futuro: “Meu pai tinha medo de aranha carangueijeira e medo de ver o Flamengo ser rebaixado, mas desse tal de GMAT não. Ele se embolou na briga com essa prova e não desistiu!! Só foi embora quando deixou ela no chão”.
Bons estudos!